Menu fechado

“Segundo o artigo de Ruthie Marks, a palavra “crochê” tem origem no francês medieval croké, termo que designava um instrumento de ferro recurvado, uma espécie de gancho, que permitia suspender ou segurar alguma coisa. No século XIX, surge na França a expressão broder au crochet (literalmente, “bordar com o gancho”).

Segundo os historiadores, os trabalhos em crochê têm origem na Pré-história. A arte do crochê, como a conhecemos atualmente, foi desenvolvida no século XVI. O escritor dinamarquês Lis Paludan(1995) tentou descobrir a origem do crochê na Europa e  fundamentou algumas teorias. Uma dessas teorias é de o crochê se originou na Arábia e chegou à Espanha pelas rotas comerciais do Mediterrâneo.

Também há indícios posteriores da técnica em tribos da América do Sul, que usavam adornos de crochê em rituais da puberdade. Na China, bonecas eram feitas com a mesma técnica, entretanto o autor afirma que não há evidência concreta sobre quão antiga é a arte do crochê.

Outra teoria é de que a técnica de costura chinesa, uma forma primitiva de bordado que foi difundida no Oriente Médio e chegou à Europa por volta de 1700. Mas o crochê só começou a ser fortemente difundido em 1800. A francesa Éléonore Riego de la Branchardière desenhou padrões que podiam ser facilmente duplicados e publicou em livros para que outras pessoas pudessem começar a copiar os desenhos.”

O crochê surgiu na minha família através da minha mãe, quando eu e minha unnie éramos bem pequenas, minha mãe não trabalhava fora. Mas sempre encontrava um meio de ter uma renda, para os “supérfluos” como ela mesma denomina. Até então meu pai era o provedor da casa.

Ela sempre estava matriculada em algum curso de artesanato, gesso, pintura em tecido, bordado entre outros. Engraçado como nunca veio a sua mente, fazer de sua arte profissão. Nossa casa vivia cheia de crochê, era na barrinha dos paninhos de prato, tapetes lindíssimos de diversas formas, capinha para botijão de gás, para o filtro de água. Ou até mesmo, roupinhas de crochê para mim e Fran (minha unnie). Confesso que na época não apreciava as roupas, da forma que elas mereciam.

Acredito que o crochê faz parte da memória afetiva de muita gente. Lembro da decoração da casa em que cresci, e não consigo enxergar os móveis sem os paninhos de crochê sobre eles. Muita gente vai lembrar de uma avó ou uma tia, que crocheava. De uma capinha de almofada, à uma toalha com as bordinhas crocheadas. Todo mundo deve ter uma história com alguma peça de crochê.

Me conta aí nos comentários, qual lembrança o crochê lhe traz?!

Fonte: ttps://bdm.unb.br/bitstream/10483/15182/1/2016_MarliFlorentinoGarciaDaSilva_tcc.pdf

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *